Fecho os olhos e revivo a energia
intensa que percorre todo o corpo quando os lábios se encontram devagarinho.
Pequenas faíscas propagam-se pela superfície da pele.
No caldeirão da memória misturam-se
químicos inebriantes.
Os lábios tocam-se devagarinho,
beliscam-se, esfregam-se, trincam-se, humedecem-se, colam-se, amordaçam-se,
comprimem-se, e debatem-se numa luta frenética, acelerante, engrandecedora.
Quero beijar incessantemente, com
ferocidade, mas também com ternura e veludo.
Quero encostar, quero percentir, quero beber.
Quero encostar, quero percentir, quero beber.
Quero saborear com a língua,
apalpar os dentes, interagir e partilhar.
Quero imaginar a macieza, o sabor
intenso.
Quero dar um beijo.
Quero receber um beijo.
Quero usufruir do beijo.
Quero oferecer o beijo.
Quero desfrutar, quero oferecer.
Quero aquietar o sentir, fechar os
olhos, imaginar o sabor, o calor, o volume, e adormecer com o sorriso tranquilo
de quem dá e recebe o primeiro beijo grande….
Guilherme | 29Jun2017
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