Significado
Por onde tem andado o significado das coisas?
O significado é intrinseco às coisas, e como tal, e como elas, anda por aí? Ou, de outra forma, o significado e as coisas são distintos. As coisas são elas mesmas e o significado somos nós, ou o conceito que das coisas fazemos.
Porquê coisas, significados, ou nós; entidades fazedoras de conceitos, com os quais enchemos tudo o que tocamos? Para que serve tudo isso?
O sol comanda as disposições, as coisas sustentam o espaço, e os significados conquistam multidões. E onde está o ser, como unidade individual cheia de possibilidades, muitas das vezes deixadas esquecidas, exactamente porque as coisas, os significados, encharcam tudo, e tudo obscurecem.
Quero procurar, quero encontrar, quero empurrar do caminho as coisas muitas, os significados empastados, os conceitos assumidos.
Vamos criar, compor, inventar, ser unos e múltiplos. Vamos concentrar e unir a coisa no seu significado - construir uma coisa melhor.
Alguém me ouve neste canto ínfimo do mundo? Faz sentido ser ouvido? Porque quererá alguém ser ouvido?
Tudo se resume ao significado das coisas, e de novo estamos no inicio, como a pescadinha de rabo na boca.
Ensaios literários, escrita criativa, palavras soltas, apontamentos, imaginações - José Guilherme Canelas Oliveira
quinta-feira, 27 de novembro de 2003
segunda-feira, 10 de novembro de 2003
Pode alguém aprender a ser sensato, equilibrado, ponderado, sem ficar enrolado numa teia de ilusões, numa sequência não programada de episódios sequenciais, sem fim, nem vislumbre dum destino certo.
A vida pode ser pautada por uma constante reacção a eventos sucessivamente aleatórios, ou de outra forma, uma construção acumulada em direcção a um destino estrategicamente elaborado.
Ou nada disso, e tudo não passa de uma construção mental composta de palavras e de imagens disformes.
Sucedem-se momentos, episódios constantes e obsessivos. Sucede-se um cansaço, uma consciência crescente de algo que começa e não se perspectiva num final palpável...
Vou-me daqui, mas voltarei mais tarde. Fecho os olhos e mergulho no silêncio pausado onde deambulam os significados de mim...
A vida pode ser pautada por uma constante reacção a eventos sucessivamente aleatórios, ou de outra forma, uma construção acumulada em direcção a um destino estrategicamente elaborado.
Ou nada disso, e tudo não passa de uma construção mental composta de palavras e de imagens disformes.
Sucedem-se momentos, episódios constantes e obsessivos. Sucede-se um cansaço, uma consciência crescente de algo que começa e não se perspectiva num final palpável...
Vou-me daqui, mas voltarei mais tarde. Fecho os olhos e mergulho no silêncio pausado onde deambulam os significados de mim...
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